24 de outubro de 2016

Os Mãelabarismos das Festas de Aniversário 🎉

Organizar as festas de aniversario dos nossos miúdos é sempre uma “odisseia do caraças".
Andamos constantemente a debatermo-nos entre o gastar uma fortuna e eles ficarem radiantes ou o gastar uma fortuna e eles ficarem radiantes. 😀🎉🌌
Aqui, neste tema, não há oito nem oitenta, ou é ou não é. Ele é balões, ofertas (porque uma nunca é suficiente!), bolos de cake design, cupcakes e bolachinhas com a “cara” da festa,  pinturas faciais, modelagem de balões,  decoração do “faça você mesmo” e decoração-já-estudada-e-atravessada-no-goto-onde-gastámos-este-mundo-e-o-outro.
Começamos com os preparativos dois meses antes após nos darem o “tema”. O TEMA! Passamos horas na internet e no pinterest. Guardamos milhares de coisas que interessam (e que não interessam) e outras milhares que gostamos mas que nunca vamos fazer porque o “ser prendado” tem os seus limites. Claramente que, após tanta investigação, se o tema não nos agrada  pois não  fica “bonitinho” numa festa, está fora de questão. “Oh filha… de certeza? Mas olha que isso é para bébés!” “Violetta? Com 4 anos?! Nem pensar! Até porque nunca viste um episodio e elas dançam todas super mal” (treta!)… “Frozen?! Pronto está bem!” J enfim! O Tema carece sempre de pré-aprovação parental. Uma coisa é certa, se é para ter trabalho ao menos que seja por alguma coisa que já vimos, no mínimo, 980 mil vezes! 😀
Quanto ao “abrir os cordões à bolsa”… bem, a meu ver, apesar de estabelecermos limites (porque o estoirar a carteira é relativo), como faseamos a compra das coisas, nunca sabemos ao certo o que se gasta verdadeiramente.  Este é o truque. Faseado para não doer… tanto! A verdade é que, apesar de nos custar, tentamos sempre dar a entender ao marido - “Vês? Afinal não é assim tão caro!” – quando, claramente, lhe atiramos areia para os olhos. 😏
Claro está que, ainda nem a decoração e a organização vão a meio e nós já andamos a bufar e a pensar “Nunca mais me meto noutra destas!” (E olhem que tenho amigas e vizinhas que se chegam à frente para me ajudar!).
Na véspera e no dia da festa, pomos a malta toda a “trabalhar” na decoração, inclusivé o marido, que já grita “porque é que a festa não é num sitio com insufláveis onde ele não tem de fazer nada e já aparece tudo feito!”
Croquetes, rissóis, frango no churrasco, empadas, quiches, pãezinhos em forma de triangulo, brigadeiros, pipocas, gelatinas, mousses de oreo, chocolate, baba de camelo, batatas fritas (porque os putos já nascem a gostar disto), sumos… e, agora, numa vertente mais modernaça, temos café em capsulas, minis e, nalgumas festas, temos o (maravilhoso) Gin. O resultado é apenas um: “Ah e tal a festa é para os miúdos mas o pais é que enfardam”. Por isso, aquilo que inicialmente pensamos que é uma festa para 15 crianças, passa a ser uma festa para 60 pessoas. Logo, passamos as 3h a correr e em stress para que não falte nada a quem? Aos pais! Pois está claro! Principalmente se forem como eu e "varrerem" tudo. (Xiu... isto não interessa nada!)
No fim da festa, depois de estarmos completamente rebentadas e já termos o mau humor a vir ao de cima (porque entretanto há pais que se esticam nas horas de saída e só vão buscar os miúdos 1h depois da festa terminar), toca a arrumar tudo com muito cuidadinho para que mais de metade das coisas sirva para o ano seguinte. TRETA! Isso não vai acontecer pois, para o ano, ou não tem a mesma cor, ou não serve "por isto ou por aquilo" e o que é que acontece? Voltamos a gastar "este mundo e o outro" no ano que vem! Mas sempre com o marido a pensar que gastámos uma pechincha. Aliás, o marido só paga mesmo as pechinchas... o resto é um Mãelabarismo entre o cartão de débito e o cartão de crédito.
Mas no fim do tudo o que é que interessa? Que valeu a pena aquelas 3h de imensa satisfação dos nossos filhos mesmo que isso implique um "abalroar" nas finanças pessoais... da Mãe. 😉

Beijinho no ❤
Maelabarista R. ❤

14 de outubro de 2016

A (des ) arrumação aos olhos dos meus filhos!

Qualquer Mãelabarista concordará comigo que este drama das meias e das tampas é um dos maiores flagelos da maternidade  :) !

Gostava de vos falar da (des) arrumação aos olhos dos meus filhos, que não será, seguramente, muito diferente dos vossos.

Vamos a isto?

A mochila da escola tem um íman que parece que cola ao chão, à entrada de casa e ali fica tipo bibelot.
Nunca querem tomar banho. Gritam e barafustam, mas depois demoram horas a sair. Entretanto, a roupa suja, toalhas de banho e afins ficam espalhados pela casa como se de uma decoração nova e chique se tratasse.
As meias. Ora bem... as meias... o que dizer das meias??!! Aparecem nos sítios mais improváveis, atrás do sofá, entre as almofadas do sofá, nas molas do sofá, debaixo do colchão da cama, no estrado da cama!...
O que dizer dos copos, pacotes de bolacha, pacotes de leite e tudo o que o é pacote? Em cima dos móveis ao lado das molduras que dá um ar super moderno. Concordam?
No que toca à roupa espalhada pelo quarto... passo-me! Viro bicho! transformo-me! E o que é que eles fazem? Nada. Ignoram. Olham de lado.
E o som da televisão? Sempreee no máximo! Será que veem com um filtro anti ruído de mãe e pai? Apenas de mãe e pai? Conseguem abstrair-se de uma tal forma que é quase um caso de estudo.
Têm uma capacidade de largar coisas num sitio e abandoná-lo por lá dias a fio sem que isso os incomode (mesmo sendo um prato cheio de migalhas e um pacote de leite ressequido!!).
Atrofia-me o cérebro que os meus filhos não tenham olfacto, tenham audição selectiva e ignorem uma mãe em nervos, sem tempo para o tempo deles que é bem mais demorado que dela.
Chamo - os 237 vezes para a mesa, insisto 549 para lavarem os dentes, falo chinês a maior parte do tempo, pergunto se falo chinês e com certeza por isso, não me respondem!
Com muita insistência, lá fazem a cama, colocam as coisas espalhadas nos devidos lugares. A custo, o pré adolescente lá baixa o som da TV e da consola a bufar que a vida é injusta (mal sabe ele o que por aí vem)!
O que lhes digo no íntimo?
Que continuem assim, crianças felizes cuja vida e a educação se irão firmando, criando laços e enraizando as regras e regras com que nos deparamos todos os dias.
A seu tempo, tudo se encaixa nos devidos lugares. Basta termos paciência, dar-lhes a cana e ensiná -los a pescar.

Um beijo
Mãelabarista M♡