14 de julho de 2016

Os meus fihos são a minha psicoterapia, o meu sofá do psicanalista...

Sem eles faz (quase) duas semanas começo a entrar na fase do desespero. Desde que saíram de junto de mim que já fiz tudo: Aproveitei os saldos, fui a concertos, namorei com o Sr. Eng., fui jantar com as minhas amigas, desportos radicais, festejei  com a nossa selecção…  Tenho a certeza que estão absolutamente bem mas, na verdade, que não está, sou eu.

Excesso de trabalho e coração apertado por alguém te tanto amo faz de mim, neste momento, uma pessoa extremamente vulnerável ao afecto e à atenção. Gosto da vida a 1000 à hora mas, acima de tudo, gosto do fim de dia (habitual) de todos os dias. Gosto de não ter tempo para pensar, para sentir. Como sinto tudo (e mais um par de botas), no meu dia a dia, prefiro andar “anestesiada” e cingir-me aos “afazeres de mãe”, que já ocupam tempo mais que suficiente.

Quem me conhece sabe que, dos meus filhos, a única coisa que me queixo são das más noites. Quase 5 anos de más noites parece-me (mais que) suficiente.

Os meus fihos são a minha psicoterapia, o meu sofá do psicanalista, as minhas massagens. O meu ponto de (des)equilíbrio. Os meus filhos cansam-me, consomem-me, levam-me todas as energias, absorvem tudo de mim mas , apenas eles são capazes de reverter todas as coisas menos boas que me acontecem no meu dia a dia, incluindo, obviamente, os meus  “problemas” de coração.

E a falta que eles me fazem… ❤

13 de julho de 2016

Parto natural ou Cesariana?

De vez em quando perguntam-me: parto natural ou cesariana?
Bem, eu posso falar dos dois e tenho o melhor e o pior dos dois mundos para partilhar.
Sempre quis ter filhos de parto natural, apesar de não ser fundamentalista nem  dramática quanto ao assunto.
Como é óbvio quanto menos sofrimento para o bebé melhor, mas confiava plenamente na equipa médica que me seguia e estava plenamente consciente que se fosse necessária uma cesariana (e se assim se decidisse) não pensaria duas vezes.
O parto do meu primeiro filho foi Santo.
Parto induzido (por indicação médica).
Fiz a dilatação a ler revistas, epidural dada na altura certa, dores suportáveis, ainda dormi...
Tive vontade de fazer força uma vez, outra vez, resolvi chamar a enfermeira e quando deram por isso o João estava a a nascer... no quarto!
10 minutos na sala de parto, 3 vezes "força", 3 pontos e 4 dias depois a fazer compras no Pingo Doce (passando a publicidade).
Uma recuperação (aparentemente) fácil sem complicações de maior.
O pior foi o regresso à "vida activa".
Foi penoso, doloroso, diria mais... horrível!
Fiquei com uma veia interna dilatada que demorou meses a voltar ao estado normal.
Quando engravidei novamente, sempre quis ter um parto igual (não pensando no pós!)
Já tinha tido um filho, tinha corrido tudo bem, o que poderia ser diferente desta vez?!
Pois bem, tal como os filhos são como os dedos das mãos, os partos também!
Nenhum é igual e senti isso na pele.
Parto induzido novamente.
As horas vão passando, as dores agravando, sem epidural, contracções seguidas sem conseguir respirar...
Dilatação? Nada! 
Foram as 7 horas mais horríveis da minha vida.
Passei o tormento da dor (como quando não havia o milagre da epidural) porque não tendo dilatação não era aconselhável levar.
Foram dores à séria, daquelas de achar que não ia ser capaz, sabendo no fundo que o acto de dar é luz é milenar e que aguentaria seguramente como todas as mães!
Dilatação zero e agarrada à mão do meu obstetra decidimos, conjuntamente, avançar para cesariana.
20 minutos depois nasceu o meu segundo filho, o D.!
Recuperação difícil (muito difícil).
15 dias de dores insuportáveis, a sensação que o meu instinto estava certo e que suportaria muito melhor um parto natural.
Não foi. E hoje, à distância vejo que foi o melhor para ambos.
Estávamos em sofrimento e a natureza é sábia... tinha que ser!

E agora? Parto natural ou cesariana??!!
Continuo a achar que o tudo o que é natural é melhor, mas a cesariana (e sendo 2º filho) teve (largas) vantagens.

 A natureza sabe o que faz.
Basta confiar!

Um beijo


M

8 de julho de 2016

Da exigência...

Há quem não conte que os filhos não são sempre queridos e fofinhos. 

A verdade é que os filhos também são chatos, acordam de mau humor, repetem vezes sem conta as mesmas palavras e frases, fazem reiteradamente as mesmas perguntas às quais por vezes ou não temos resposta ou não queremos responder, insistem em modo burro do Shrek se estamos a chegar? Ainda falta muito? quando nem há 5 segundos dissemos que estamos a chegar, fazem birras do nada e sem razão, choram e gritam nos sítios e ocasiões menos apropriados, definitivamente, os filhos não são sempre queridos e fofinhos. 

Mas e as Mães?

Eu também não sou sempre querida e fofinha e aposto que há mais Mães que não o sejam. 

Mas o problema disto tudo, é que exigimos demais, exigimos que as crianças se portem sempre bem, exigimos que as crianças não interrompam as conversas dos adultos, exigimos que façam as coisas ao nosso ritmo, exigimos que têm que cumprimentar as pessoas quando chegam, às vezes até a dar dois beijinhos e um abraço a alguém que só vêm uma vez por ano, exigimos que emprestem os brinquedos, exigimos que os dividam, exigimos que se entendam com o(s)  irmão(s), primo ou amigo que não queira dividir os seus brinquedos, exigimos que aceite se o amigo raivoso bateu, exigimos que não bata de volta, exigimos que não chore, exigimos que não pode falar quando não for o seu tempo, exigimos que não interrompam as refeições, exigimos que simplesmente não interrompam só porque por exemplo tem um desenho muito bonito e o quer mostrar. 

- Tu não vês que estou a comer, ai que lindo que está, agora vai lá continuar a pintar para eu e o Pai comermos sossegados.

Espera lá, um desenho? Mas que desenho é este? Ah sou eu, a Mãe! 

Pára tudo…

Tu querias interromper-me para mostrar-me o desenho que aprendeste a fazer?

Querias tão somente a minha presença, a minha atenção, o meu amor. 

Desculpem-me meus filhos, exijam que eu pare para vos olhar, exijam que vos oiça, exijam que eu páre para me dedicar a vocês em exclusivo nem que seja por meia hora, exijam que brinque com vocês, exijam que eu esqueça os adultos, o telemóvel, o trabalho, o cansaço, a casa e as suas obrigações, exijam que me sente no chão a brincar com vocês, exijam que eu vos oiça, exijam que eu vos ensine, exijam que eu vos dê atenção, exijam que entre com vocês no mundo do faz de conta, exijam que eu não me esqueça que são crianças, exijam que eu deixe de exigir.

Sejam exigentes comigo! 

♥️♥️♥️♥️

Mãelabarista B. ❤️

7 de julho de 2016

Aqui estamos nós!

Muitos nos conhecem, outros desconfiam e há quem não saiba de todo quem nós somos.
Há até quem nos conheça dos nossos blogues pessoais. Certo?
Pois bem! Decidimos mostrar a "cara" que está por trás dos desenhos que tão bem nos caracterizam. 

Aqui estamos nós, por ordem igual à da nossa imagem de marca!
A Mãelabarista M, a Mãelabarista B., e a Mãelabarista R.!















Não estamos no nosso melhor nesta foto, mas mesmo assim queremos muito dar-nos a conhecer a todos os que nos acompanham neste circo da maternidade!
Os Narizes de Palhaço da Operação Nariz Vermelho representam a causa que apoiamos e que nos enche o coração de orgulho.

Vamos apoiar boas causas?!

Continuem por aí! Estamos a adorar ter-vos connosco nesta aventura!

Um beijo nosso!
 Mãelabaristas M, B e R